VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: POR QUE ACONTECE? - O CONFLITO ENTRE O INTERESSE MÉDICO E OS DIREITOS DA MULHER NA QUALIDADE DE GESTANTE/PARTURIENTE
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Resumo
O presente artigo possui como escopo a Violência Obstétrica no Brasil sob o aspecto do conflito existente entre o interesse da classe médica e os direitos individuais das mulheres. A relevância do assunto se infere à medida que se observa que estudos e pesquisas demonstram quão desnecessárias, desrespeitosas e invasivas são grande parte das práticas médicas tidas como rotineiras indispensáveis/inevitáveis na obstetrícia e, além de não possuírem respaldo científico, agravarem riscos tanto à parturiente quanto ao recém-nascido, não foram banidas da prática obstetra por privilegiarem a conveniência dos médicos. Isto posto, mister o presente artigo com o propósito de esclarecer em qual contexto essa violência está inserida, quais fatores contribuíram na propagação desses atos violentos, quais são as práticas que caracterizam a violência obstétrica, os marcos legais no combate e, principalmente, porque essas práticas violentas ainda subsistem e qual a ligação entre o interesse médico e os obstáculos encontrados na implantação do Método Baseado em Evidências, na humanização do parto.